Professor de Historia da E.E. Prof. João de Arruda Pinto. Criei este blog como uma ferramenta auxiliar ao estudo de vocês, meus alunos do 1ºano do Ensino Médio. Aqui vocês podem encontrar um material adicional, composto de textos, fotos e vídeos que irão ajudá-los a compreender melhor o conteúdo das aulas de História. Espero que vocês aproveitem! Boa aula!
A Formação dos Estados Nacionais Modernos & A Expansão Marítima
Formação dos Estados Nacionais & A Expansão Marítima
(como tudo começou)
Abaixo estou colocando um texto que descreve os principais acontecimentos do mundo na Idade Média.
Vocês ainda vão encontrar fotos e vídeos relacionados aos temas. Para assistir aos vídeos click no link.
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Idade Média
482-751- Clóvis I, da dinastia merovíngia, unifica as tribos francas e conquista a Gália, originando o Reino Franco, o mais poderoso da Europa Ocidental. Clóvis converte-se ao cristianismo, o que, pelo costume franco, significa a cristianização de todo o povo. Após sua morte, em 511, o reino é dividido e os governantes merovíngios travam várias guerras. Um deles, Pepino, o Breve, depõe o último rei merovíngio em 751 e funda a dinastia carolíngia.
Século IV a X –
751-768 - A principal marca do governo de Pepino, o Breve, da dinastia carolíngia, é a bem-sucedida campanha militar lançada contra os lombardos, a pedido do papa Estevão II. Após a vitória, as terras inimigas são doadas à Igreja sob o nome de Patrimônio de São Pedro.
768-814 – O Reino Franco atinge o apogeu durante o reinado de Carlos Magno, primogênito de Pepino, o Breve. Carlos Magno dá continuidade à política expansionista carolíngia. Domina o Reino Lombardo, terras dos saxões na Germânia, a Baviera, o sul dos Pirineus, Barcelona e as ilhas Baleares e integra os povos conquistados por meio do cristianismo. Promove um grande renascimento cultural, conhecido como Renascimento Carolíngio: estimula a fundação de escolas e se torna um dos responsáveis pela transmissão da cultura greco-romana para os tempos futuros. Em 800 é coroado imperador pelo papa Leão III, adquirindo, assim, a incumbência de disseminar e defender a fé cristã. Após sua morte, em 814, o império se enfraquece.
843-987 – Disputas e guerras sucessórias envolvem os netos de Carlos Magno e resultam no Tratado de Verdun, que resulta na divisão do Império Franco em três reinos: Carlos, o Calvo recebe a parte correspondente à França; Luís, o Germânico fica com o território alemão; e Lotário recebe a parte central do Império, que se estende da Itália até o mar do Norte.Inicia-se o processo de desintegração da Europa, que irá redundar no feudalismo.
O SISTEMA FEUDAL – Éo sistema de organização econômica, política e social da Europa Ocidental característico da Idade Média, que vigora entre os séculos IX e XVI.Com as invasões bárbaras e a desagregação do Império Romano do Ocidente, a Europa inicia profunda reestruturação, marcada pela descentralização do poder, pela ruralização e pelo emprego de mão-de-obra servil. A estrutura social é estamental, com pouca mobilidade social, e baseada em relações de dependência servil e vassalagem.O feudo constitui a unidade territorial da economia, que se caracteriza pela auto-suficiência e pela ausência quase total do comércio e de intercâmbios monetários.A produção é predominantemente agropastoril, voltada para a subsistência.A Igreja Católica transforma-se em grande proprietária feudal, detendo poder político e econômico e exercendo forte controle sobre a produção científica e cultural da época.
O Feudo
Castelo Medieval
962 – O papa João XII nomeia Otto I imperador do Sacro Império Romano-Germânico (I Reich), numa tentativa de conter os ataques húngaros na Europa cristã. Seus domínios abrangem a porção ocidental da Alemanha, a Áustria, a Holanda (Países Baixos), parte da Suíça, da Polônia e o leste da França. Acentua-se a corrupção e a Igreja Católica torna-se mais suscetível ao poder político, promovendo a venda de cargos eclesiásticos (simonia). O império se mantém forte até o final do século XI. A partir de 1250 compreende um conjunto de pequenos Estados, nos quais o poder local do príncipe supera a autoridade central do imperador.
987 – Após a morte de Luís V, último rei da dinastia carolíngia, nobres franceses elegem Hugo Capeto, conde de Paris, rei da França. Inicia-se o processo de formação da monarquia francesa.
1054 – A Igreja Oriental (Igreja Cristã Ortodoxa Grega) rompe com a Igreja Ocidental (Igreja Católica Apostólica Romana) no chamado Cisma do Oriente. Desde o início do Império Bizantino havia divergências na orientação das duas Igrejas: a Oriental tem certa independência em relação a Roma, celebra seus rituais em grego, é subordinada ao Estado e rejeita algumas crenças ocidentais, como a fé no purgatório. O motivo fundamental para a cisão, porém, é o conflito entre as lideranças das duas Igrejas pelo controle das dioceses do sul da península Itálica.
1066 – Guilherme I, o Conquistador, duque da Normandia, invade a Inglaterra, vence a Batalha de Hastings e submete os saxões a um poder centralizado e autoritário: até então a Inglaterra era dividida em sete reinos feudais. É o início da dinastia normanda na Inglaterra e da monarquia inglesa.
1075 – O Sacro Império Romano-Germânico e o papa Gregório VII travam uma disputa conhecida como a Questão das Investiduras. Procurando diminuir a participação do imperador nas decisões internas da Igreja, o papa proíbe a investidura (nomeação de bispos e padres) leiga e institui o celibato. O rei Henrique IV desacata a ordem e é excomungado pelo papa. Após um conflito armado é definida a Concordata de Worms (1122), que delibera a não-interferência do papa em questões políticas e proíbe o imperador de nomear cargos eclesiásticos.
1095-1270 – Para refazer a unidade cristã abalada pelo Cisma do Oriente, o papado investe em expedições militares – as cruzadas. Elas têm o objetivo de propagar o cristianismo, combater os muçulmanos e cristianizar territórios da Ásia Menor (atual Turquia) e da Palestina. Formadas por cavaleiros e comandadas por nobres, príncipes ou reis, as cruzadas também possuem motivações não religiosas, como a conquista de novos territórios e a abertura de rotas comerciais marítimas e terrestres para o Oriente. Produtos como seda, tapetes, armas e especiarias foram introduzidos no consumo da Europa pelos cruzados.
PRINCIPAIS CRUZADAS –São cinco grandes expedições militares rumo ao Oriente:
Cruzadas dos Mendigos (1096) – Primeira cruzada extra-oficial.Reúne mendigos e ataca tribos árabes.Todos os cruzados são aniquilados.
1ª Cruzada (1096-1099) – Conhecida como Cruzada dos Barões, é a primeira cruzada oficial francesa e agrega cerca de 500 mil pessoas.Chega a Jerusalém, onde é fundado um reino cristão.
2ª Cruzada (1147-1149) – Motivada pela tomada de Edessa pelos turcos.Os cruzados são derrotados em Doriléia, quando empreendem a ofensiva na Palestina.
3ª Cruzada (1189-1192) – Chamada de Cruzada dos Reis, é liderada pelo rei inglês Ricardo Coração de Leão, que estabelece um acordo com o sultão Saladino, do Egito, para que os cristãos possam realizar peregrinações a Jerusalém.
4ª Cruzada (1202-1204) – Financiada por venezianos interessados na rota comercial do Império Bizantino.Tomam e saqueiam Constantinopla.
1118-1312- Hugues de Payns funda a Ordem dos Cavaleiros Templários, depois da conquista de Jerusalém. Inicialmente conhecidos como Pobres Cavaleiros do Templo de Salomão, seu propósito era proteger a viagem de cristãos à Palestina. No decorrer dos anos se tornam muito poderosos e conquistam, por meio de doações, vastas propriedades em toda a Europa, principalmente na França. A instituição é abolida em 1312, com a morte do Grande Mestre, Jacques de Molay, nas fogueiras da Inquisição.
1158 – Uma associação de comerciantes no norte da Alemanha cria a Liga Hanseática, para proteger e promover interesses comerciais comuns. A Liga se transforma em importante força política na Europa, congregando diversas cidades da Alemanha e comunidades alemãs na Holanda, na Inglaterra e no mar Báltico e incentivando o surgimento de cidades livres e associações mercantis.
1278-1295 – O mercador italiano Marco Polo, acompanhado do pai e do tio, chega à China, abrindo caminho a outros viajantes e promovendo o intercâmbio entre Ocidente e Oriente. Permanece na China por 17 anos, exercendo funções administrativas e diplomáticas na corte do soberano Kublai Khan, neto de Genghis Khan. Em 1295, os Polo voltam a Veneza, com riquezas e especiarias.
1281 – Otman I dá início à expansão turca e à propagação do islamismo, fundando o Império Turco-Otomano. De um pequeno principado na região da Anatólia (atualmente na Turquia), os turco-otomanos estendem seus domínios pela Europa, pelo Oriente Médio e pelo norte da África. O florescimento do império como potência mundial ocorre com a tomada de Constantinopla e a conquista da península Balcânica, nos séculos XIV, XV e XVI.
1309-1377– Descontente com a intromissão da Igreja em assuntos do reino, o rei da França, Felipe IV, prende o papa Bonifácio VIII e nomeia Clemente V, de origem francesa, novo papa. O episódio fica conhecido como Cativeiro de Avignon. O novo papado é instalado em Avignon, de onde se sucede uma série de papas franceses. Após 68 anos, a Santa Sé, sob o comando do papa Gregório XI, recupera o direito de retornar a Roma.
1337-1453 – A pretensão do rei inglês Eduardo III, neto de Felipe, o Belo, de disputar a sucessão do trono francês é o estopim da Guerra dos Cem Anos, que opõe França e Inglaterra. O conflito envolve o interesse da Inglaterra no comércio de lã no território de Flandres, sob domínio francês; a ajuda da França à Resistência Escocesa; e a posse de terra que os reis ingleses, duques da Normandia, tinham na área francesa. Ao final da guerra, a França recupera todas as possessões sob domínio inglês. O embate consolida a identidade nacional francesa e facilita uma conspiração da nobreza inglesa, que iniciaria uma guerra civil: a Guerra das Duas Rosas. Outra conseqüência é a perda de poder dos senhores feudais nos dois países e o aumento da autoridade real.
1347 – Trazida por um navio proveniente do mar Negro, a peste negra chega à Europa pelo Porto de Gênova. A epidemia, altamente infecciosa, é transmitida ao homem pelas pulgas de rato. Espalha-se com grande velocidade e provoca a morte de cerca de um terço da população do continente.
1378-1417 – Gregório XI deixa Avignon e retorna à Itália para restabelecer o papado em Roma. Em 1378, na eleição de seu sucessor, dois grupos disputam a indicação do novo papa: os eclesiásticos romanos, partidários da posse de Urbano VI, e os franceses, favoráveis à Clemente VII. Sem acordo, o papado fica dividido: o papa de Avignon passa a ser sustentado pelo rei da França e o romano se mantém com o auxílio do imperador do Sacro Império Romano-Germânico. O episódio fica conhecido como Cisma do Ocidente. Várias tentativas de revogar a cisão falham. Somente após o Concílio de Constança (1417) e a eleição do papa Martinho V é restabelecida a unidade do pontificado.
1385 – Início da monarquia nacional portuguesa. Com origem no humanismo, o Renascimento está associado à restauração dos valores do mundo clássico greco-romano e à crença no potencial ilimitado da criação humana. Manifesta-se nas artes, na literatura e nas ciências. O espírito de inquietação estende-se à geografia e à cartografia, e o impulso de investigar o mundo leva às grandes navegações e ao descobrimento do Novo Mundo Em conseqüência, ocorrem progressos técnicos e conceituais, além de questionamentos que abrem caminho para as reformas religiosas.
1415 – Portugal inicia a expansão marítima européia. A primeira expedição, comandada pelo rei João I, promove a conquista de Ceuta, importante porto do norte da África e ponto de partida para as futuras expedições e descobertas portuguesas no continente africano.
Formação dos Estados Nacionais Modernos
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Forma de organização política que dá origem aos Estados nacionais europeus, a partir do século X, como decorrência do renascimento comercial e urbano e da crise do feudalismo. Caracteriza-se pelo fortalecimento do poder real, que passa a se estender por todo o país. A formação das monarquias nacionais européias é um processo lento e desigual, marcado por revoluções, guerras civis, disputas territoriais e conflitos com a Igreja.
Com o surgimento das cidades e o enfraquecimento da influência da nobreza, a figura do rei ganha importância. Ele passa a centralizar o poder político e a estender sua soberania sobre toda a nação – definida na Idade Média como unidade lingüística, religiosa, cultural e histórica dentro de determinado território. O monarca procura se sobrepor também ao poder do papado, limitando os privilégios da Igreja, como isenção de impostos, tribunais próprios e direito de intervir nos assuntos nacionais.
Nesse processo de centralização de poder, os reis contam com o apoio de uma nova classe social, a burguesia, que ascende com o desenvolvimento do capitalismo. Interessados na formação de um mercado nacional, os burgueses querem ainda libertar-se das estruturas feudais. As reivindicações burguesas, como a cobrança de pedágios e impostos, e a uniformização de pesos e medidas, necessárias ao fortalecimento do mercado interno e à expansão comercial, são atendidas pela unificação do poder nacional. A centralização se dá com a monopolização das forças militares e a administração da nação. A criação de novas leis escritas, em substituição às leis feudais, marca o nascimento da burocracia moderna. Também são organizadas forças militares mercenárias, que permitem ao rei cobrar impostos com mais eficiência, manter o controle do território nacional e ampliar seus domínios. O soberano passa a controlar as igrejas nacionais, sobrepondo seu poder ao do papa, e a intervir nos assuntos religiosos. A transformação da corte real em corte suprema de justiça da nação é o passo final para a consolidação da autoridade real, que, no século XVII, atinge o auge e dá origem ao absolutismo.
Considerada a primeira da Europa, a Monarquia nacional portuguesa tem início em 1385, após a revolução burguesa que coloca no trono o rei dom João I, da dinastia Avis. Na Espanha, a consolidação da Monarquia acontece em 1492, após o casamento dos reis católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela e a conquista de Granada, antes ocupada pelos árabes.
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MONARQUIA FRANCESA – Na França, o poder real começa a se fortalecer durante a dinastia fundada por Hugo Capeto (938-996), que se estende de 987 a 1328. Durante o reinado de Felipe IV, o Belo (1268-1314) são cobrados impostos sobre os bens do clero. A escolha de um papa francês, Clemente V, leva ao estabelecimento da sede do papado na cidade francesa de Avignon, em 1306. Em decorrência das disputas entre a Monarquia francesa e o poder da Igreja, a cristandade ocidental se divide entre dois papas: um em Roma e outro em Avignon. Esse período fica conhecido como o Cisma do Ocidente (1376-1417). A Monarquia nacional francesa se consolida após a Guerra dos Cem Anos, que garante a soberania do rei Carlos VII (1403-1461), da dinastia Valois, sobre todo o território francês.
MONARQUIA INGLESA –Tem início quando Guilherme, o Conquistador, duque da Normandia, invade a Inglaterra, em 1066. Vitorioso, ocupa o trono e procura manter a autoridade sobre a nobreza. Em 1215, a nobreza feudal, os cavaleiros e os burgueses impõem ao rei João Sem Terra (1199-1216) a Magna Carta, que limita os poderes reais. O documento impede o soberano de aumentar os impostos e mudar as leis sem a aprovação do Grande Conselho, assembléia dos nobres do reino. Durante o reinado seguinte, de Henrique III, o Grande Conselho passa por importantes mudanças em sua composição, que dão origem ao Parlamento inglês, formado pela Câmara dos Lordes (que reúne representantes do alto clero e da nobreza) e pela Câmara dos Comuns (que agrega representantes da burguesia). O poder dos barões feudais e dos cavaleiros ingleses é abalado com a Guerra dos Cem Anos. Após a Guerra das Duas Rosas, a dinastia Tudor consolida a soberania real na Inglaterra.
Expansão marítima
Grandes navegações dos séculos XV e XVI que têm origem na necessidade de expansão econômica da Europa. A insuficiência da produção agrícola para alimentar toda a população, o declínio econômico da nobreza, o encarecimento dos produtos orientais e a falta de metais preciosos para a emissão de moeda impulsionam a procura por novos mercados fora dos domínios europeus. A tentativa de encontrar rotas alternativas para o Oriente torna-se indispensável.
Era assim que muitos europeus imaginavam o oceano Atlântico
A empreitada é possível graças ao surgimento de uma burguesia mercantil, interessada em ampliar sua margem de lucro, e ao fortalecimento do Estado, com a centralização do poder monárquico. Um forte ideal missionário, principalmente dos países ibéricos, para catequizar os povos infiéis das terras distantes funciona como justificativa ideológica para a expansão. As nações ibéricas formam impérios ultramarinos entre os séculos XV e XVI, quando tem início a colonização da África, da Ásia e da América. Além de Portugal e Espanha, Inglaterra, França e Holanda (Países Baixos) também realizam grandes expedições.
PORTUGAL - Para alcançar os mercados do Oriente e garantir o monopólio do comércio com as chamadas Índias, os portugueses assumem a vanguarda do expansionismo europeu, seguidos pelos espanhóis. Revolucionam a arte da navegação ao aperfeiçoar instrumentos náuticos como a bússola, levada para a Europa pelos árabes durante as invasões iniciadas no século VII, modernizar a cartografia e inventar a caravela. São pioneiros em calcular com precisão a circunferência da Terra e no comércio de escravos negros para a América.
Caravela Portuguesa
Bússola
Mapa antigo mostrando parte da Europa e o norte da África
Expedições portuguesas - A primeira expedição portuguesa, comandada pelo rei dom João I, termina com a conquista de Ceuta, em 21 de agosto de 1415. Um dos mais importantes portos africanos, ao norte do Marrocos, é o ponto de partida para as descobertas portuguesas na África Ocidental. O cabo da Boa Esperança, no extremo sul do continente, é contornado em 1487 por Bartolomeu Dias (1450-1500), abrindo caminho para o Oriente. A primeira ligação por mar entre Europa Ocidental e Índia é feita em 8 de julho de 1497 por Vasco da Gama (1469-1524). Ele parte da praia de Restelo, em Portugal, e em 1498 chega ao porto indiano de Calicute. Em 22 de abril de 1500, uma nova esquadra liderada por Pedro Álvares Cabral chega à costa brasileira.
ESPANHA -Atrasados em relação a Portugal, os espanhóis patrocinam a viagem de Cristóvão Colombo ao Oriente em 1492. Acreditando que a Terra era redonda, Colombo supõe ter alcançado o Oriente navegando pelo Ocidente. Na verdade, descobre outro continente: a América. Entre 1503 e 1513, o navegador florentino Américo Vespúcio (1451-1512) viaja ao continente a serviço da Espanha. Ainda com patrocínio espanhol, Fernão de Magalhães (1454-1521) começa em 1519 a primeira viagem de circunavegação da Terra. Parte de Cádiz, no litoral da Espanha, atravessa o Atlântico Sul e cruza o estreito que hoje tem seu nome. Ruma para a Ásia, chegando às Filipinas em 1521. A tese sobre a forma esférica da Terra fica assim comprovada.
Cristovão Colombo
Partida da frota de Colombo no porto da Espanha
Chegada de Cristovão Colombo a AméricaAmérico VespúcioTrechos de cartas atribuídas a Américo Vespúcio enviadas entre 1502 e1503
"Daqueles países a terra é muito fértil e amena e de muitas colinas, montes e infinitos vales e grandísimos rios abundantes e saudáveis fontes irrigadas e de larguíssimas selvas e densa e dificilmente penetráveis, e de toda espécie de feras copiosamente cheia. Árvores grandes lá sem cultivadores medram, das quais muitas frutas fazem ao gosto deleitáveis e aos humanos corpos úteis, muitas exatamente o contrário; e nenhuma fruta lá é às nossas símile. Nascem lá inumeráveis espécies de ervas e de raízes, das quais fazem pão e ótimas comidas. E têm muitas sementes de todos os modos a estas nossas muito diversas. Nenhuma espécie de metal lá se encontra, exceto o ouro, do qual aqueles países abundam, ainda que nada dele conosco tenhamos trazido nesta nossa primeira navegação. E isto conhecido nos fizeram os habitantes, os quais nos afirmaram lá no interior da terra haver grandíssima abundância de ouro, e nada por eles ser estimado ou em preço alto [...] Se todas as coisas que lá existem comemorar, e as várias espécies de animais e da sua multidão escrever quisesse, seria coisa de todos os modos prolixa e grande [...] Todas as árvores aí são odoríferas, e cada uma de si goma ou óleo ou algum outro licor emana. Das quais se a nós as propriedades notas fossem, não duvido que aos humanos corpos saudáveis seria. E certamente se o paraíso terrestre em alguma parte da terra existir, não longe daquelas regiões estará distando estimo."Crédito: Inácio, Inês, e Tânia R. de Lucca. Documentos do Brasil colonial. São Paulo, Editora Ática, 1993, pág. 24-25
INGLATERRA, FRANÇA E PAÍSES BAIXOS - Iniciam sua expansão marítima mais tarde e, no princípio do século XVI, aportam em terras já ocupadas por portugueses e espanhóis. Conquistam algumas áreas na América do Norte e na Ásia e desenvolvem ações de pirataria oficializadas por seus governos contra Portugal e Espanha. No começo do século XVII, ingleses, franceses e holandeses passam a produzir navios mais baratos, em maior quantidade e de melhor qualidade. Formam também sociedades credenciadas para exploração, comercialização e administração de terras longínquas, como a Companhia Britânica das Índias Orientais (1600) e a Companhia Holandesa das Índias Orientais (1602).
Liderança inglesa - No século XVIII, com enorme poder naval, a Inglaterra lidera as expedições marítimas. As viagens, motivadas pela curiosidade científica e pela expectativa de obter maiores vantagens comerciais, são organizadas pelo governo e realizadas em navios de guerra comandados por oficiais da Marinha. Os objetivos são a exploração do sul do Pacífico e a descoberta de um estreito, entre o nordeste da Ásia e noroeste da América, que leve ao Ártico: acabam por descobrir várias ilhas, como Sandwich do Sul, a sudeste da América do Sul. Também exploram a Nova Zelândia, a Austrália e toda a costa americana e asiática do Pacífico Norte.
Fonte: almanaque Abril 2001; imagens retiradas da internete
muito bom esse resumo
ResponderExcluirAdorei o material. Ótimo trabalho, muito obrigada!
ResponderExcluirExcelente conteúdo. Recomendo!
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